Um destes dias assisti, impávido, a uma luta clara das instâncias que o Sr. Freud descreveu. E o ringue desse combate fui eu!
Round 1
Depois de uma noite cansativa (leia-se, um grande jantar, um charuto e um whiskey), cheguei a casa já a sonhar com a almofada.
Mal me encostei, as forças de Hipnos começaram a toldar-me o pensamento.
Mesmo assim, consegui ter presença de espírito para definir a hora de despertar no telemóvel.
Venceu o “Super Ego”, com a sua imposição das regras sociais: “Tens que chegar a horas ao trabalho!”.
Round 2
Acordei, espontaneamente, pelas 6h45. Cedo de mais.
Mais um ponto para o Sr. Super Ego.
Estava tão preocupado em não chegar atrasado que até acordei mais cedo.
“Lindo menino”
No entanto, o fim deste assalto a coisa já começou a descambar.
O “Id” convenceu-me que ainda era cedo: “Descansa que dá para dormir mais um pouco até tocar o despertador”.
Round 3
Acordei uma hora depois!
Tinha acertado a hora de despertar, mas não liguei o despertador.
O aldrabão do Id, na sua apologia da indulgência, na defesa dos prazeres fáceis, conseguiu fazer-me esquecer de accionar o “On” no despertador, mesmo nos últimos segundos antes de adormecer.
Resolução
Os juízes decidiram:
EMPATE TÉCNICO!
Cheguei atrasado ao trabalho (ponto para o Id),
mas não fiquei toda a manhã na cama (ponto para o Super Ego)
Conclusão:
Tenho que ter cuidado com estes dois.
Ninguém inventa nada?
Qual não foi a minha surpresa quando alguém me informou que a equação "La pantera rosa" já tinha sido descrita, havia alguns dias, pelos matemáticos do programa de televisão "O Eixo do Mal" (que passa na SIC Notícias).
De facto, qualquer transeunte que se cruze com um adepto do Benfica que envergue o dito equipamento, ao mesmo tempo que admira a estátua do Pantera Negra, chegaria à mesma conclusão. Mesmo assim, preocupam-me as leis de propriedade intelectual, pois parece-me impossível atestar a originalidade do raciocínio matemático.
Talvez esteja a ser paranóide, mas aguardo a todo o momento um telefonema dos advogados do Sr. Balsemão.
De facto, qualquer transeunte que se cruze com um adepto do Benfica que envergue o dito equipamento, ao mesmo tempo que admira a estátua do Pantera Negra, chegaria à mesma conclusão. Mesmo assim, preocupam-me as leis de propriedade intelectual, pois parece-me impossível atestar a originalidade do raciocínio matemático.
Talvez esteja a ser paranóide, mas aguardo a todo o momento um telefonema dos advogados do Sr. Balsemão.
Somatório
É a loucura!!!
Um destes dias deparei-me com esta imagem no blog (recomendável) de um colega.
Pus-me a pensar:
Quem, no seu perfeito juízo, clica num botão de "play" para pôr o Major a falar?
A loucura, às vezes, é irresistível.
Pus-me a pensar:
Quem, no seu perfeito juízo, clica num botão de "play" para pôr o Major a falar?
A loucura, às vezes, é irresistível.
Sobre os Biscoitos
Há já alguns meses que não me sentava aos comandos deste megafone cibernético e reparei que até já me tinha esquecido de algumas coisas que escrevi.
Sabem, é difícil preservar na memória o aquecimento global, os fogos, o capitalizzmo imperializzta ou as mesquinhices da política (portuguesa), enquanto as águas frescas e salgadas do Oceano Atlântico dissipam o calor que fomos acumulando na pele.
Sabem, é difícil preservar na memória o aquecimento global, os fogos, o capitalizzmo imperializzta ou as mesquinhices da política (portuguesa), enquanto as águas frescas e salgadas do Oceano Atlântico dissipam o calor que fomos acumulando na pele.
Da teoria e da prática
“…O fogo, por definição, destrói as provas do crime.” – foram as palavras do Director-Geral da Polícia Judiciária, a respeito da dificuldades inerentes às investigações sobre fogos florestais, em Portugal. Apesar de tudo e ao que parece, os nossos investigadores são exemplo, com um índice elevado de acusações formalizadas, quando comparados com os da Galiza. Impressiona, nestes dias, ouvir dizer que somos exemplo em alguma coisa (leia-se: alguma coisa que valha a pena). Até parece que os nossos vizinhos nortenhos – sim, mais nortenhos do que a claque dos Super Dragões (geograficamente falando, claro!) – querem adoptar as práticas portuguesas e solicitaram formação nesse sentido.
[Pasmo boquiaberto]
Mas, voltando à frase do Sr. Director-Geral, pus-me a pensar que era um contra-senso afirmar que fogo destrói as provas “por definição”. O fogo, em definição, não destrói nada, destrói é na prática, a queimar.
Já se pensarmos em outros exemplos, talvez encontremos o significado mais ligado à prática.
Operacionalizando: O Dr. Paulo Portas, por definição, é capaz de queimar. Se, na conferência de imprensa anunciada para hoje, o Sr. Dr. se definir como candidato à direcção do CDS/PP, com certeza que vai queimar por completo o Sr. Dr. Ribeiro e Castro.
[Pasmo boquiaberto]
Mas, voltando à frase do Sr. Director-Geral, pus-me a pensar que era um contra-senso afirmar que fogo destrói as provas “por definição”. O fogo, em definição, não destrói nada, destrói é na prática, a queimar.
Já se pensarmos em outros exemplos, talvez encontremos o significado mais ligado à prática.
Operacionalizando: O Dr. Paulo Portas, por definição, é capaz de queimar. Se, na conferência de imprensa anunciada para hoje, o Sr. Dr. se definir como candidato à direcção do CDS/PP, com certeza que vai queimar por completo o Sr. Dr. Ribeiro e Castro.
Aquecimento global
O Hospital D. Estefânia muda-se para Chelas até 2012.
Prevê-se que a Indonésia fique sem 2.000 ilhas até 2030, devido à subida do nível médio das águas do mar.
Aparentemente desconexos, os dois factos sugerem-me uma ligação possível: desconfio que deve existir pelo menos uma criatura, neste pedaço de terra à beira mar plantado, para quem não importa se a deslocação do D. Estefânia é para Chelas ou para uma qualquer daquelas ilhas um dia submersas, conquanto que os imóveis da Rua de Jacinta Marto fiquem desocupados.
Prevê-se que a Indonésia fique sem 2.000 ilhas até 2030, devido à subida do nível médio das águas do mar.
Aparentemente desconexos, os dois factos sugerem-me uma ligação possível: desconfio que deve existir pelo menos uma criatura, neste pedaço de terra à beira mar plantado, para quem não importa se a deslocação do D. Estefânia é para Chelas ou para uma qualquer daquelas ilhas um dia submersas, conquanto que os imóveis da Rua de Jacinta Marto fiquem desocupados.
Sobre aparelhos dentários
Hoje em dia, não há pais (biológicos ou adoptivos, livres ou encarcerados) que resistam à pressão do lobby dentário para equipar os seus cachopos com esses dispositivos homogeneizantes de cremalheiras luzidias.
Felizmente, em raras excepções, há quem deixe fluir livremente a biologia, que assim se desenvolve, desalinhada e única. Esta especificidade não foi, certamente, ignorada no casting da pequena vampira para o filme de 1994, realizado por Neil Jordan.
O tempo passa e os mesmos caninos salientes que pertencem hoje a Marie Antoinette, trazidos agora pela jovem Coppola, servem de pano de fundo para algumas considerações históricas:
Em tempos idos, a independência das batatas fritas americanas terá sido patrocinada pela Coroa Francesa. Talvez, nessa altura, os tubérculos fossem mais reconhecidos aos seus franco-aliados e mais livres do que as actuais Freedom Fries, agora sujeitas ao escrutínio do Patriot Act.
A instituição da democracia raramente se faz sem expensas e – apesar de, entretanto, se terem lembrado de escrever uma Carta dos Direitos Humanos – continua a reclamar pescoços. Só que os monarcas absolutos já passaram de moda e hoje os déspotas arrogantes (e sem respeito pela tal Carta ou pela Agência Nuclear de Energia Atómica) são muito mais apetecíveis – discussões sobre a pena de morte à parte.
Felizmente, em raras excepções, há quem deixe fluir livremente a biologia, que assim se desenvolve, desalinhada e única. Esta especificidade não foi, certamente, ignorada no casting da pequena vampira para o filme de 1994, realizado por Neil Jordan.
O tempo passa e os mesmos caninos salientes que pertencem hoje a Marie Antoinette, trazidos agora pela jovem Coppola, servem de pano de fundo para algumas considerações históricas:
Em tempos idos, a independência das batatas fritas americanas terá sido patrocinada pela Coroa Francesa. Talvez, nessa altura, os tubérculos fossem mais reconhecidos aos seus franco-aliados e mais livres do que as actuais Freedom Fries, agora sujeitas ao escrutínio do Patriot Act.
A instituição da democracia raramente se faz sem expensas e – apesar de, entretanto, se terem lembrado de escrever uma Carta dos Direitos Humanos – continua a reclamar pescoços. Só que os monarcas absolutos já passaram de moda e hoje os déspotas arrogantes (e sem respeito pela tal Carta ou pela Agência Nuclear de Energia Atómica) são muito mais apetecíveis – discussões sobre a pena de morte à parte.
Ave Maria
Após cerca de um minuto de "ensaio" começa a verdadeira diversão. (Os pacientes serão recompensados)
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