Hoje em dia, não há pais (biológicos ou adoptivos, livres ou encarcerados) que resistam à pressão do lobby dentário para equipar os seus cachopos com esses dispositivos homogeneizantes de cremalheiras luzidias.
Felizmente, em raras excepções, há quem deixe fluir livremente a biologia, que assim se desenvolve, desalinhada e única. Esta especificidade não foi, certamente, ignorada no casting da pequena vampira para o filme de 1994, realizado por Neil Jordan.
O tempo passa e os mesmos caninos salientes que pertencem hoje a Marie Antoinette, trazidos agora pela jovem Coppola, servem de pano de fundo para algumas considerações históricas:
Em tempos idos, a independência das batatas fritas americanas terá sido patrocinada pela Coroa Francesa. Talvez, nessa altura, os tubérculos fossem mais reconhecidos aos seus franco-aliados e mais livres do que as actuais Freedom Fries, agora sujeitas ao escrutínio do Patriot Act.
A instituição da democracia raramente se faz sem expensas e – apesar de, entretanto, se terem lembrado de escrever uma Carta dos Direitos Humanos – continua a reclamar pescoços. Só que os monarcas absolutos já passaram de moda e hoje os déspotas arrogantes (e sem respeito pela tal Carta ou pela Agência Nuclear de Energia Atómica) são muito mais apetecíveis – discussões sobre a pena de morte à parte.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário